Museu de cera de Londres - Madame Tussauds |
Cinquetinha, retrô, olhos puxados em gatinho bem marcado de kajal
preto, cabelos em cone, quase uma Marge Simpson, um corpinho mignon,
miudinho, repeleto de tatuagens e um jeito de se vestir tão próprio que
definir o estilo de Amy Winehouse é dispensável. Amy era Amy, e pronto.
No pouco tempo de vida e de fama, deixou seu registro na moda, não apenas pela coleção que lançou, em parceria com a grife Fred Perry – da qual era cliente e na qual se sentia traduzida.Sua figura com jeito de antiga não era montada apenas em brechós. Ela tinha o dom de fuçar lojinhas de Camden Town e outras vizinhanças para levar ao estelato roupinhas baratas, numa atitude de coragem fashion. Nada de dependência de grifes. Sabia fazer seu estilo, como tanto sugerem os manuais de bem vestir, e as revistas femininas.
Ela era um estilo. Em seu espelho, o reflexo de tules e sapatilhas, imagens de balé subvertidas, assim como o uso insistente da lingerie à mostra. A saia lápis e o corpete também estavam sempre no figurino, assim como as blusinhas polo, tão inversamente comportadas para aquela Amy.
Deborah Bresser
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