Reynaldo Gianecchini, 39, falou pela primeira vez sobre a luta contra o câncer linfático ao Fantástico na noite de domingo (20). Em conversa com Patrícia Poeta, o ator se mostrou otimista com sua recuperação e falou ainda sobre a morte do pai, Reynaldo Cisoto Gianecchini, o Patão, que morreu aos 72 anos em outubro deste ano, após perder a luta contra um câncer no pâncreas.
"Me sinto curado desde o primeiro dia. É engraçado, não jogo essa
possibilidade de perder, embora tudo possa acontecer na vida, mas eu
acredito muito na força da vida", disse Reynaldo Gianecchini, que não
acreditava que podia estar com câncer. “É engraçado. Você acha que não
tem aquela doença. Falei para minha mãe: ‘mãe, não tenho isso não, não é
possível’. Aí depois, quando é diagnosticado mesmo, eu falei: ‘beleza,
vamos embora, vamos encarar’.”
Sobre o pai, Gianecchini revelou que buscou força espiritual para
conseguir enfrentar a doença dele e que conseguiu se despedir de “forma
maravilhosa” de Patão. “Meu pai acabou falecendo e as pessoas ficavam
muito assim: ‘nossa, que tragédia, quanta coisa ao mesmo tempo’. E eu
tenho que te dizer que foi um momento lindo de descoberta assim da minha
vida também. Eu tive uma despedida maravilhosa do meu pai", contou o
ator. "Reafirmei todo meu amor, eu disse que eu ia cuidar da família.
Pedi perdão, falei que eu o perdoava também pelas coisas que podiam ter
sido e não foram."
No começo do tratamento, além de ter que enfrentar a notícia do câncer,
Reynaldo Gianecchini precisou ser internado na UTI do Hospital
Sírio-Libanês por complicações. "Eu tive que parar na UTI, porque teve
um derramamento de sangue. Depois foi superado. Eu tive que fazer uma
operação para limpar tudo, antes de começar a quimioterapia. Eu comecei
já bem debilitado. O começo foi bem tumultuado", revelou o ator sobre o
primeiro período de internação, que durou 26 dias.
Ainda na entrevista ao Fantástico, o ator falou que pensou na personagem de Carolina Dieckmann em Laços de Família
quando teve que raspar o cabelo. "Primeiro, acho deprimente essa coisa
do cabelo ficar caindo, e é mais prático para mim. Mas quando raspei, eu
lembrei muito daquela cena que eu fiz. Eu fiz a novela com a Carolina
Dieckmann, do Manoel Carlos, Laços de família,
que a minha mulher, que era a Carol, raspava a cabeça, porque tinha
leucemia. É muito maluco eu estar vivendo isso. No dia, a pessoa estava
raspando a minha cabeça e eu só pensava nisso. Na ficção, eu estava
chorando muito. E na minha vida real, eu me achei com cara de guerreiro.
Um guerreiro mesmo." (BD)
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