Jennifer Lopez vence chuva intensa no Recife e faz público vibrar
A chuva não deu trégua. Ivete Sangalo e Jennifer Lopez tiveram que encarar palco molhado e público esvaziado por conta do "pé d'água" que insistiu em cair durante todo o 1° Arte Music Festival realizado no Recife, neste domingo (1°). A primeira cantora esquentou o palco para a segunda. Atração mais esperada da noite, a norte-americana conseguiu segurar e empolgar as 15 mil pessoas presentes no evento, segundo a assessoria de impresa.Ivete Sangalo começou o show por volta das 21h, com quase uma hora de atraso, mesmo tempo que permaneceu em cima do palco, montado na área externa do Centro de Convenções. A primeira música foi "Brasileiro". Carismática como é, massageou logo o ego dos pernambucanos dizendo sentir-se uma. E mais: "Estou com um alto grau de tesão em vocês hoje", falou.
A apresentação foi recheada de sucessos, fácil de agradar a todos. "Aceleraê", "Cadê Dalila?", "Flores", "Desejo de Amar", "Levada Louca", "Berimbau Metalizado"e "Sorte Grande" foram os primeiros.
A canção "Qui Belê" ela dedicou às "moças" do Bataclan, se referindo ao bordel do remake de "Gabriela", na TV Globo, onde atua como Maria Machadão, dona do espaço. "Estou botando para arrombar, não estou? Vocês sabem que as 'quengas' estão de greve agora, não é? Eu mandou fechar, mas também mando abrir", comentou, arrancando risadas da plateia.
Depois, empregou um momento "disco music", com "Não quero dinheiro" (Tim Maia) e "Dancin Days" (As Frenéticas). A baiana tocou piano em "Easy" (Lionel Richie) no finalzinho do show, que terminou com "Arerê" e "País Tropical" (Jorge Ben Jor).
Uma hora de troca de palco e Jennifez Lopez surge do nada, cantando "Get Right". Traje e cenário para lembrar a "Jenny from the block". Uma sombrinha de frevo é lançada ao palco e a artista abre para se "proteger" da água, segurando na mão um dos maiores símbolos de Pernambuco.
A chuva, no entanto, só deu um toque a mais de sensualidade ao show: cabelos molhados e roupa colada, somados às coreografias provocantes, com muitos rebolados. A cantora ainda exibia uma barriguinha sarada e pernas à mostra. Nada mal para quem está com 42 anos e dois filhos. Mas também deu para notar que ela se fez valer do palyback para correr e dançar pelo palco.
Após troca de figurino, J-Lo volta para cantar "Qué Hiciste", em espanhol, e o primeiro single da carreira, "If you had may love", lançado em 1999. Também interpretou "Until it beats no more", com imagem dos filhos gêmeos Max e Emme, de 3 anos, em um telão.
Nova mudança de roupa para uma sequência de músicas com pegada latina. Como em outros shows pelo Brasil, sambou. Ou pelo menos tentou, com simpatia. "Mas ainda estou aprendendo", avisou.
O polto alto do show foi "On The Floor", uma versão da lambada "Chorando se foi", do grupo brasileiro Kaoma, sucesso na década de 1980, que ela gravou com o rapper Pitbull, ano passado. Ao redor do palco virou uma pista de dança. J-Lo, que tem ascendência porto-riquenha, cantou o primeiro verso em português. Mas, durante todo o show, integariu com o público falando espanhol.
Seria a despedida, mas ela retornou com um macacão todo bordado com pedrarias para cantar "Dance Again", mais uma parceria com Pitbull e que dá nome à turne da diva pela América Latina. No Brasil, ela também se apresentou em São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza.
O projeto de música eletrônica Dexterz, integrado pelo DJ Júlio Torres, violinista Amon Lima e o baterista Júnior Lima, ficou com a ingrata missão de fechar a noite, tocando para poucas pessoas.
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