No ano do centenário do escritor Jorge Amado, a
Globo resolveu apostar no remake de “Gabriela”, inspirado na obra do
escritor baiano “Gabriela, Cravo e Canela”. A estreia é nesta
segunda-feira (18), às 23h.
Depois de uma certa polêmica
por conta da escolha de Juliana Paes para o papel que consagrou Sônia
Braga na década de 70, o folhetim adaptado por Walcyr Carrasco vai
apostar em cenas de nudez e em um elenco de peso. Um dos objetivos é
sufocar a audiência de "A Fazenda", da rival Record.
Juliana sabe
que as comparações serão inevitáveis. “Isso não me dá medo. Gabriela
está em mim. E a palavra que melhor a define é força. Todos a veem como
uma mulher sexy, mas ela é forte”, declarou.
Mauro Mendonça Filho,
diretor-geral do remake de “Gabriela”, revelou confirmou que a
sexualidade estará muito presente na trama. “A história pede. Quando
Gabriela chega, a cidade enlouquece. Mesmo sendo a mais primitiva e a
mais ignorante, ela é livre. Se está a fim de transar, vai lá e transa.
Temos que parar de ver o sexo como tabu. A sexualidade faz parte das
pessoas. A personagem é um ícone, selvagem, feminina. E Juliana é
símbolo sexual e boa atriz como Sônia era. Está fazendo lindamente”,
disse.
Já Walcyr Carrasco ressaltou que não pretende imitar a
Gabriela da primeira versão do folhetim escrito por George Walter Durst,
em 1975. O novelista disse que quer mostrar sua própria visão do livro
lançado em 1958.
“É uma mininovela inspirada no romance. Nela,
entram outros papéis que eu criei. Através de Gabriela e Nacib, vou
narrar a história de uma cidade, mostrando as mudanças no comportamento e
na política. Espero que não só emocione, mas que seja um avanço na
consciência do povo”, admitiu o escritor.
As cenas foram gravadas
no Piauí e outras foram rodadas em Canavieiras, na Bahia. O tema de
abertura, “Modinha para Gabriela”, continuará na voz de Gal Costa.
O enredo
A
trama conta a história de Gabriela (Juliana Paes) que, castigada pela
forte seca que assola o nordeste brasileiro, resolve ir para Ilhéus, na
Bahia, cidade mais próspera de toda a região.
A retirante parte na
companhia de seu tio Silva (Everaldo Pontes) em busca de uma vida
melhor. No meio da jornada eles conhecem Clemente (Daniel Ribeiro) e
Negro Fagundes (Jhe Oliveira), que os convencem a cruzar o deserto rumo
às terras férteis para o plantio do cacau.
Assim que chegam ao
litoral, o tio de Gabriela morre, deixando ela sozinha com os dois
jagunços. Clemente acabará se apaixonando pela bela e eles se entregarão
ao amor em plena caatinga.
Porém, o romance não durará muito
tempo, pois assim que chegar em Ilhéus, a morena conhecerá Nacib
(Humberto Martins), que está à procura de uma cozinheira para o seu bar,
Vesúvio. Assim que vê Gabriela, o imigrante árabe se apaixona e é
correspondido imediatamente.
Outro homem que vai cruzar o caminho
da retirante é o progressista Mundinho Falcão (Mateus Solano), que está
chegando do Rio de Janeiro para abalar a estrutura política da cidade,
liderada pelo conservador coronel Ramiro Bastos (Antônio Fagundes).
Entre
os conservadores e liberais, Gabriela é a única unanimidade em Ilhéus.
Mas as meninas do Bataclan, prostíbulo da cidade, lideradas por Maria
Machadão (Ivete Sangalo) também fazem sucesso entre os homens.
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